Anti Sócrates

terça-feira, março 18, 2008

Espanhol técnico....

A propósito, vale a pena ler o artigo de opinião de Helena Matos, no Público de hoje "Vale alguém ser quem não é?"

quarta-feira, março 05, 2008

A politica cedeu à rua!


No PS e no Governo o sino tocou a rebate. Numa clara resposta à manifestação agendada para a tarde do próximo Sábado contra a política de Educação deste governo, o PS marcou um comício para a noite desse mesmo dia, que acabou por adiar uma semana. E o PS tem um número: quer 7000 pessoas nesse comício.

O Governo sentiu-se cercado e vem agora lutar com as mesmas armas que tem vindo a contestar. A rua combate-se com anti-rua. A manifestação combate-se com uma contra-manifestação. O protesto combate-se com um contra-protesto.

Todavia, este é um claro sinal de cedência e fraqueza. O PS e o Governo deixaram de usar argumentos qualitativos para passarem a usar argumentos quantitativos. Já não interessa discutir política, mas quem consegue juntar mais pessoas. Já não interessa saber quem está do lado da razão, mas quem consegue fazer mais barulho. E vai ser difícil ao Governo ganhar neste campo.

Além disso, ao contrário do que se pretende, este comício é uma clara a legitimação de todas as acções de luta já realizadas e que venham a ser realizadas contra o Governo. E o Senhor Primeiro-Ministro vai deixar de poder ficar indignado quando for recebido com apupos e assobios.

E a luta continua!

terça-feira, março 04, 2008

Se ele o diz...

Para Valter Lemos, o actual Secretetário de Estado da Educação, a actuação de Ana Benavente nos governos de Guterres “resultou nos piores resultados escolares da Europa” em matéria de sucesso escolar.
Augusto Santos Silva, que foi Ministro da Educação ao tempo da Secretária de Estado Ana Benavente e que hoje é Ministro das Assuntos Parlamentares, deve ter ficado com as orelhas a arder. Não é para menos.


De incompetência em incompetência....


O que se passou com a Direcção Geral de Viação e com a possibilidade, quase certeza, de prescrição de dezenas de milhares de contra-ordenações é o exemplo típico da acção deste Governo: primeiro fomenta-se uma campanha pública contra uma determinada instituição, fazendo crer que a mesma não funciona bem; depois, em vez de se resolver os problemas dessa instituição, procede-se ao seu desmembramento (chame-se PRACE ou o que quer que seja); ao mesmo tempo, não são criadas alternativas para as competências que essa instituição vinha a desenvolver; com isto, cria-se um problema maior do que o existente; finalmente, com todo o aparato e sem a mínima vergonha diga-se, anuncia-se "resolvemos o problema!".


A DGV, entre outras coisas, responsável pelos processos de contra-ordenações rodoviárias. Há uns meses, o Governo dispensou os funcionários afectos a estes processos. Os processos foram devidamente encaixotados sem que se lhe tenha dado qualquer destino. Durante meses foram acumulando pó e bolor, como se esse pó e bolor passassem a ter a competência de proceder à respectiva instrução, à notificação dos infractores e à cobrança das coimas. Qualquer pessoa minimamente inteligente previa que a prescrição era o destino desses processos. Qualquer pessoa, menos os responsáveis do Ministério da Administração Interna.


Agora, o senhor Ministro, à pressa mas com toda a pompa e circunstância, realiza uma cerimónia pública de assinatura de um protocolo com a Ordem dos Advogados para tentar resolver um problema que ele próprio criou. A partir de agora são advogados e advogados estagiários os responsáveis pelos processos. Sem formação, sem a mínima preparação, têm 3 meses para resolver o problema.

E este não é um problema de menor importância. É mais uma vez a beneficiação dos infractores, dos prevaricadores. É um convite à asneira.

Leia-se em http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=280312&idselect=10&idCanal=10&p=200

segunda-feira, março 03, 2008

Até quando?

Até quando aguentará Sócrates a sua Ministra da Educação?
A contestação a Maria de Lurdes Rodrigues sucede-se em 3 frentes: na rua, nos tribunais e dentro do próprio Partido que sustenta o governo. E a sua permanência no ministério depende do sucesso ou insucesso desses protestos.
E a contestação está cada vez mais acesa. Na rua, os sindicatos conseguiram uma união histórica entre as diversas tendências, as manifestações registam uma adesão significativa e até já surgiram novas associações para defesa da classe, desalinhadas das estruturas sindicais e com formas de combate político. A luta está ao rubro com a ameaça de grande mobilização para este fim de semana.
Nos tribunais as acções judiciais sucedem-se e o Ministério já registou várias derrotas. Se o Governo for obrigado a pagar horas extraordinárias e/ou o processo de avaliação for suspenso, a Ministra não tem as condições mínimas para continuar.
Por seu lado, no PS, Ana Benavente diz hoje ao DN que esta Ministra "não honra o PS".

http://www.pt.cision.com/online/resultado_mail.asp?ver=tif&codf=6322&idnoticia=7548792&tipo=cr

O que será preciso mais para que Maria de Lurdes Rodrigues passe para o lista dos disponíveis?

domingo, março 02, 2008

Inglês técnico.


Não! Não vou fazer qualquer comentário. Não é preciso.


terça-feira, dezembro 11, 2007

Ups!!!



A assembleia municipal de Lisboa aprova hoje, pela 2ª vez diga-se, o empréstimo de saneamento finaceiro da respectiva câmara municipal. A razão desta 2ª votação prende-se com o facto do empréstimo, por ter efeitos que se estendem para além de 2 mandatos, não ter sido aprovado pela maioria dos membros da assembleia municipal em efectividade de funções, nos termos do nº 8 do artigo 38º da Lei das Finanças Locais. Ninguém reparou na redacção da Lei. Nem o seu autor, António Costa.

Uma nova oportunidade!








65 diplomas do 12º ano foram entregues ontem numa cerimónia presidida pelo senhor primeiro-ministro, na qual também compareceu a senhora ministra da Educação e o senhor ministro da Segurança Social no âmbito do programa Novas Oportunidades. 65!



O Governo já nos habituou a este show off: 333 medidas de simplex, 150.000 novos empregos, crianças pagas para aparecerem ao lado de José Sócrates.


Qualquer empresa de formação profissional já fez mais pelo país na formação e qualificação dos dos portugueses do os 65 diplomas entregues pelo nosso primeiro-ministro. Com muito mais eficácia e muito menos espectáculo. Estas encenações do governo começam a atingir os limites do escândalo...

quarta-feira, dezembro 05, 2007

Jogging a mais




Copacabana, Tiannmem, Luanda, Praça Vermelha e Dili. Em todos estes locais o nosso primeiro-ministro fez o seu jogging matinal. Todos em visita oficial e em todos, excepto no Brasil, as autoridades locais vedaram o acesso do público a esses espaços. E a cena vem-se repetindo: José Sócrates a correr rodeado de jornalistas e seguranças nos locias mais emblemáticos de cada país que visita, artificialmente esvaziados de gente e de vida.


E se as primeiras corridas até tiveram interesse jornalístico e demonstravam alguma inovação dos assessores de imagem do nosso primeiro-ministro (era a figura de um governante com bons ares, elegante, em boa forma, preocupado com a sua saúde), a mesma cena repetida tantas vezes começa a ser uma não-notícia e vai-se revelando um contra para José Sócrates.



Desde logo, porque o jogging do primeiro-ministro de Portugal parece ser a única coisa que sobra das visitas que faz ao estrangeiro. Depois, porque em Lisboa, onde reside e à excepção da mini-maratona anual, nenhum vizinho de José Sócrates o viu alguma vez a correr. Na capital portuguesa, José Sócrates prefere o ginásio que mandou instalar na sua residência oficial. Finalmente, isto começa a tocar os limites da má educação. Por meia hora de corrida, fazer com que as autoridades dos países que recebem o nosso primeiro-ministro fechem os seus locais mais históricos, as suas praças e ruas mais movimentadas, com os consequentes constrangimentos para os cidadãos desses países e custos paras os respectivos erários públicos, é como fazer os donos das casas que nos recebem a dormir no sofá porque amavelmente nos ofereceram o quarto principal da residência e que normalmente ocupam. Dizem as regras da boa cortesia que, se formos os donos da casa, devemos oferecer o nosso quarto principal; mas as mesmas regras da boa cortesia também dizem que, se formos os convidados, devemos agradecer a oferta e passar a noite no sofá. Mesmo sabendo que o dia seguinte nos vais reservar uma valente dor de costas.